Sabemos que, para os racionalistas, a base de todo conhecimento
humano estava na consciência do homem. E sabemos também que os empíricos
queriam derivar as impressões dos sentidos todo o conhecimento do mundo.
Kant achava que tanto os sentidos quanto a razão eram importantes para a nossa
experiência de mundo. Contudo, ele achava que os racionalistas atribuíram uma
importância exagerada à razão, enquanto os empíricos eram parciais demais
ao defender a experiência centrada nos sentidos. Como ponto de partida, Kant
concorda com Hume e com os empíricos quanto ao fato de que devemos todos os
nossos conhecimentos às expressões de sentidos. Mas, e nesse ponto de concordar
com os racionalistas, nossa razão também contém pressupostos importantes para o
modo COMO percebemos o mundo à nossa volta. Em nós mesmos, portanto, existem
certas condições que determinam nossa concepção de mundo. Tudo que você vê é
parte do mundo que está fora de você mesmo, mas o MODO como você enxerga tudo
isso é que depende de você. De certa forma, os racionalistas tinham esquecido
da importância da experiência dos sentidos, enquanto os empíricos não quiseram
ver que a razão codetermina nossa concepção de mundo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário